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BAIANIZE COMEÇA COM TUDO: UM MERGULHO AFETIVO NAS RAÍZES BAIANAS!

Por Iasmim Santos e Beatriz Rosado

O Baianize abriu suas portas nesta quarta-feira (14), no Centro Universitário Anísio Teixeira (UNIFAT), dando início a uma verdadeira imersão nos saberes e sabores da Bahia. O evento, que valoriza os elementos culturais do estado em diferentes linguagens, começou em grande estilo.

A abertura contou com uma palestra no auditório Ernestina, reunindo o jornalista Rafael Mascarenhas, o Afrochefe Ronaldo Assis, a esteticista Carliane Lôbo, o designer Jairo Leandro e o estrategista digital Marcos Carneiro. A mediação ficou por conta do professor e jornalista João França, que destacou a importância de uma comunicação que represente, de forma genuína, a diversidade cultural baiana:

“Primeiro, é importante entender que a Bahia é muita coisa, sabe? A gente tem a Chapada Diamantina, o Sertão, o Recôncavo. E, à medida que temos a possibilidade de discutir essa diversidade num evento como este, num centro universitário, isso só agrega à nossa formação. A gente constrói diferenciais de carreira, novas perspectivas profissionais e, acima de tudo, consciência sobre o lugar em que estamos sendo formados e que também ajudamos a formar. Precisamos aprender e exercitar o olhar para nós mesmos, para quem está ao nosso redor e para o lugar de onde viemos. Se não fizermos isso, continuaremos reproduzindo ideias que o outro -o desconhecido- tem sobre o que é a Bahia”. 

Outro momento marcante foi a participação do jornalista e repórter da TV Subaé, Rafael Mascarenhas, que compartilhou sua trajetória com os estudantes e destacou a importância de eventos como o Baianize na formação acadêmica e profissional:

“É muito gratificante estar aqui, conversando com estudantes de comunicação. É importante que vocês vejam exemplos de pessoas que começaram exatamente como vocês. Até pouco tempo atrás eu também estava sentado aí, e hoje estou aqui para dizer que vocês também podem. Mas é preciso estudar, se dedicar”. 

Rafael também realizou uma dinâmica na qual convidou um voluntário da plateia para participar. A experiência consistia em tentar adivinhar o objeto através de uma dica, a voluntária acertou e o prêmio foi em dinheiro. “Se você não tiver coragem, vai ser muito difícil conseguir alguma coisa”, expôs o jornalista, revelando que o objetivo da brincadeira era  ‘se jogar de cabeça’ nas oportunidades que a vida oferece. 

Ronaldo Assis, mais um integrante da roda de conversa, explicou o uso do termo ‘Afrochefe’: “Criei esse termo junto com Jorge Washington porque sou um homem preto e isso deve ser evidenciado”, é uma fusão entre a profissão e a identidade afro-diaspórica. O chefe também explanou os desafios em apresentar pratos baianos de uma forma diferente ou através de uma releitura: “Se depender dos outros, você vai comer dendê de domingo a domingo”.  Ele também destaca a riqueza que é a gastronomia e o universo de possibilidades que essa área proporciona.

Carliane Lôbo, que foi cabeleireira há 15 anos, agora atua como esteticista e cosmetóloga. Natural de Ipirá, contou que desde criança sonhava com a estética e aponta que trabalha para realçar a beleza que já existe, não para transformar ou descaracterizar. Apesar de toda correria que vivência um estudante, Carliane trouxe palavras de motivação: “Estudar te leva a caminhos que jamais você vai querer voltar atrás”. 

Marcos Carneiro, estrategista digital, revelou como lida com preconceitos sobre a Bahia em seu trabalho, e trouxe à roda dicas de como começar na área do marketing atrelado às vendas, além de explanar como a faculdade é um lugar de aprendizado e experiências: “Passei pelo setor de vídeo, pelo setor de redação, gravei, editei, íamos para a rua, cobríamos eventos, era muito legal”. 

O designer, criador publicitário e também de moda, Jairo Leandro, explicou como a moda diz quem são as pessoas a partir de como elas se comportam e se vestem “ela é o nosso cartão de visita”. Ele também explica a importância de estudar o público para o sucesso de um projeto ou campanha: “É muito além de pegar uma roupa e vestir. Essa roupa tem dedicação, mão de obra e amor, muito mais do que a gente imagina”. 

Com generosidade e paixão, os profissionais convidados compartilharam experiências e saberes, promovendo trocas enriquecedoras com a plateia, que também interagiu com perguntas e dinâmicas. E isso foi só o começo.

Nos próximos dias, a programação segue intensa: oficinas criativas, desfiles, intervenções artísticas e rodas de conversa prometem movimentar o campus. É uma oportunidade única de aprendizado, reconhecimento e celebração da identidade baiana.

Se o primeiro dia já foi esse estouro, imagina o que vem por aí?

Confira as fotos e VT do primeiro dia!

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