Por: Juliana Barbosa
A Bahia é um verdadeiro caldeirão musical. Se tem um lugar que respira e exala música, esse lugar é aqui. O episódio mais recente do podcast “Baianize”, no quadro sobre cultura, houve um mergulho de cabeça nesse universo e trouxe à tona aquilo que faz da música baiana um patrimônio cultural global. Ouvindo, a gente sente aquele axé — não só o ritmo, mas a energia que envolve cada batida de tambor, cada nota de guitarra baiana.
Na Bahia há uma diversidade de estilos musicais. Enquanto o samba de roda mantém vivas as tradições mais antigas, o axé modernizou essa história e fez o Brasil inteiro cantar e dançar nos carnavais. Mas vai muito além disso! A MPB, o pagode baiano, o reggae e até o rap encontraram seu espaço por aqui.
Grandes nomes da música brasileira nasceram nesse solo. Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia não só despontaram na Tropicália, mas levaram a alma baiana para o mundo. Eles mostraram que a música baiana carrega em suas notas uma mistura única de resistência, religiosidade e alegria.
Não dá para falar de música baiana sem mencionar a África. A herança africana é um pilar fundamental na criação de ritmos como o samba-reggae, que mistura percussão pesada com mensagens de resistência e identidade negra. Grupos como Ilê Aiyê e Olodum são exemplos de como essa musicalidade pulsa nas veias dos baianos, levando nossa cultura para os quatro cantos do planeta.
Se há um momento em que a música baiana brilha com toda sua força, esse momento é o Carnaval. O trio elétrico, invenção genuína da Bahia, revolucionou o jeito de fazer festa e música no Brasil. E artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Bell Marques seguem fazendo história ao arrastar multidões atrás de seus trios, transformando as ruas de Salvador em uma enorme pista de dança.
O Carnaval da Bahia não é apenas um evento local, é uma vitrine mundial. A cada fevereiro, turistas do mundo inteiro vêm experimentar a mistura de sons e ritmos que só aqui a gente sabe fazer. E a música é a protagonista dessa festa.
Mas a música da Bahia não vive só de passado. Novos talentos estão surgindo e trazendo novas sonoridades. Artistas como Luedji Luna e ÀTTØØXXÁ estão mostrando que é possível inovar, misturando o tradicional com o contemporâneo, criando novas cenas que seguem reverberando mundo afora.
No fim das contas, o que a gente aprende é que a música baiana é tão plural quanto o próprio povo baiano. E o mais bonito disso tudo é que, independentemente do estilo, ela continua sendo um convite irrecusável para dançar, refletir e celebrar a vida. Então, se você ainda não escutou o episódio do “Baianize” sobre música baiana, não perca tempo! Coloca o fone de ouvido, dá o play e vem se perder nos ritmos da Bahia. E não esqueça de ficar ligadinho nas redes sociais @portalbaianize!