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Segundo dia de Baianize promove imersão e aprendizado por meio de oficinas práticas

Por Beatriz Sousa

O segundo dia do projeto Baianize, evento cultural de valorização às raízes baianas, foi concluído com êxito e muita instrução aos participantes. A programação dessa quinta feira, 15, contou com diversos workshops práticos e interativos.

Ao todo, foram sete oficinas práticas com temas que exploraram as áreas da gastronomia, da moda, da comunicação e da estética. Quem esteve nas repartições da UNIFAT, voltou para casa com experiências para contar.

O roteiro começou logo cedo, às 17h o chef Jackson Couto Jr. já preparava o forno e a expectativa da plateia no laboratório de gastronomia da UNIFAT, com o workshop Tradições da Costa do Cacau. Trazendo a cultura e o toque da sua região, Jackson encantou os participantes com cultura, liberdade e comida boa. “Poder trazer minha tradição e regionalidade para meus ensinamentos nesse workshop é muito importante para mim”, pontuou o cozinheiro.

No Núcleo Audiovisual da instituição, o jornalista Raphael Mascarenhas conduziu o debate sobre comunicação com o workshop “Telejornalismo: da pauta à matéria”. Durante o encontro, o comunicador compartilhou sua trajetória, desde a graduação até a atuação na TV Subaé, incluindo a experiência de morar fora do país e produzir conteúdo no YouTube. A oficina também abordou os bastidores do jornalismo televisivo, a importância da base teórica e incentivou os estudantes a explorarem as mídias digitais para o crescimento profissional e propagação da cultura.

Na sala ao lado, o cineasta Giovane Peixoto mediou um rico debate sobre produção de conteúdo audiovisual. O workshop “Reels – do bruto á edição” tirou as dúvidas de todos os presentes sobre essa ferramenta tão cotidiana no convívio moderno. Reafirmando suas raízes e produzindo ao lado dos participantes, o cineasta compartilhou sua boa opinião a cerca do projeto Baianize. “Eu acho que eventos como esse em que há um espaço aberto, as pessoas podem trocar experiências. De modo geral, os desafios de quase todo mundo que trabalha com audiovisual acabam sendo os mesmos, em contextos diferentes.” destacou.

Entre agulhas e retalhos, a sala 5, na sede da UNIFAT, foi o palco perfeito para as oficinas de moda. Por volta das 19h, Maria Cândida Ferreira contou sua história, reafirmou sua origem e fez os participantes colocarem as mãos na massa na produção de fuxicos, com o workshop “Fuxico é identidade”. Mais tarde, às 20:30h, a sala deu lugar para a designer de moda Carolina Carvalho, que mergulhou no universo da moda sustentável por meio do workshop “Upcycling de acessórios e tecidos”. Por lá, a proposta foi reaproveitar materiais que seriam descartados, transformando-os em novas peças autorais, cheias de significado e identidade.

Para aproveitar o clima de fim da semana, o Chef Pablo Sá e o pesquisador Sidney Alaomin agitaram outro laboratório de gastronomia com a produção de drinks e ótimos aperitivos. O workshop “Gastronomia dos Biomas Baianos: raízes, frutos e transições” foi regado de humor, carisma e bons sabores. Quem esteve por lá não só provou de bons temperos, mas conheceu parte da história de Pablo, chef que mediou a oficina. Além dele, Sidney, segundo mediador da atividade também compartilhou experiências com o público. O pesquisador contou histórias, partilhou receitas e demonstrou muita felicidade em participar do evento: “É muito bom e gratificante, demonstra uma forma de confirmação daquilo que estou fazendo, e poder difundir a cultura Afro-Baiana com o que eu faço também é muito importante”.

Reafirmando as raízes e a identidade cultural do evento, as trancistas Gisele Amorim e Letícia Vitória estiveram nas repartições da UNIFAT durante a noite vangloriando as raizes negras e história das tranças com o workshop “Valorização de Cabelos Naturais como Símbolo de Força e
Empoderamento”. Estudantes da casa, Gisele e Letícia compartilharam suas trajetórias pessoais e profissionais, destacando como a cultura das tranças atravessa gerações. Gisele revelou que só descobriu recentemente que a arte de trançar fazia parte da história de sua família por meio de sua avó, uma conexão ancestral que fortaleceu ainda mais seu propósito, enquanto Letícia destacou o preconceito ainda presente na sociedade em relação aos cabelos trançados e destacou a importância de reafirmamos a beleza de nossas raízes.

Por aqui, tudo isso já aconteceu e ainda há muito a rolar! O terceiro dia de Baianize vem aí, com mais convidados, mais experiências e muito mais Bahia, você não pode perder!

Confira mais em nossa matéria de vídeo.

Veja as fotos do 2º dia!

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